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Esquizofrenia

Esquizofrenia

É uma doença psiquiátrica caracterizada sobretudo pela presença de alucinações e ideias delirantes (ver). Estes são considerados os sintomas positivos. Também estão presentes os sintomas negativos, entre os quais se destacam o embotamento(ver), a anedonia(ver), a apatia (ver), a abulia (ver).

Geralmente começa no inicio da idade adulta (entre os 20-25 anos) podendo nalguns casos começar mais cedo e noutros mais tarde. Geralmente quanto mais cedo começa maior é a gravidade da sua evolução. No passado os pacientes que padeciam desta perturbação apresentavam um declínio muito marcado das suas funções intelectuais (daí também se ter chamado a esta doença «demência precoce», na transição do século XIX-XX). Hoje em dia com um tratamento eficaz e precoce esta patologia pode ter uma evolução mais favorável.

O tratamento principal desta patologia é feito com psicofármacos, os antipsicóticos (ver). Também é muito importante a integração social destes pacientes e a estimulação cognitiva (havendo algumas associações que promovem estas actividades).

Há vários mitos relativamente a esta patologia. Entre os quais se destacam o facto de pessoas que dela padecem sejam obrigatoriamente disfuncionais. Isto é incorrecto pois embora não sejam a maioria, vários doentes esquizofrénicos têm carreiras profissionais brilhantes . Um caso paradigmático é o do matemático norte americano vencedor do prémio Nobel em 1994.  Outro mito é de que estes pacientes são agressivos. Também esta afirmação é falsa pois a maioria dos estudos indica que estes pacientes não são mais perigosos que outros pacientes. Já pelo contrário existe um risco maior de suicídio nestes pacientes.

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Antidepressivos

Antidepressivos

Nos dois primeiros grupos estão medicamentos mais antigos. Os antidepressivos tricíclicos, são descritos como os antidepressivos mais eficazes de sempre, embora possam ter alguns efeitos secundários como boca seca e obstipação. A clomipramina é o mais utilizado. Além de ser útil no tratamento  depressão também pode ser usado na ansiedade grave e na perturbação obsessiva compulsiva. Os inibidores da monoaminoaxidase são fármacos muito pouco usados, pelos grandes efeitos secundários. Os outros grupos são os mais recentes e os mais utilizados por serem muito bem tolerados (poucos efeitos secundários).

Os ISRS são de todos os mais prescritos. São a primeira linha de todos os antidepressivos. Não têm praticamente efeitos secundários à excepção de náuseas nos primeiros dias e alterações da libido. Estes efeitos tendem a desaparecer ao longo do tratamento. São também muito utilizados além da depressão para o tratamento da ansiedade, da perturbação obsessiva compulsiva (POC) (em doses altas), da bulimia (a fluoxetina em doses altas). Entre estes são mais estimulantes a fluoxetina e a sertralina, e mais sedativos a paroxetina e a fluvoxamina, podendo isso ser útil para os casos particulares tratados.

Os ISRND são antidepressivos também muito eficazes. Utilizados sobretudo nos casos em que a apatia e falta de energia supera o estado de ansiedade porque são muito activadores. Também usados quando a falta de libido é um problema com os ISRS.

Os IRSN são geralmente o segundo passo a dar aquando do tratamento de uma depressão. Quando os ISRS não são eficazes, estes podem constituir a diferença e atingir bons resultados.

Os outros antidepressivos apresentados têm um modo de acção mais complexo activando em parte o sistema serotoninergico. A mirtazapina é um antidepressivo muito eficaz mas muito sedativo e por isso usado também para tratar a insónia, tem um efeito (que pode ser considerado negativo ou noutros casos positivo) que é o grande aumento de apetite com consequente aumento de peso. A trazodona não tem sido tão utilizada como antidepressivo mas sim como um eficaz indutor do sono.

 Quadro -antidepressivos
ClasseTiposIndicaçoes
Antidepressivos triciclicosClomipramina (Anafranil®)Depressão GraveAnsiedadePOC
Inibidores da Monoamino OxidaseMoclobemide (Aurorix®)
Inibidores Selectivos da Recaptação de serotonina (ISRS)Paroxetina (Seroxat®, Paxetil®), Fluvoxamina (Dumyrox®), Fluoxetina (Prozac®, Digassim®), Sertralina (Zoloft®), Escitalopram (Cipralex®)DepressãoAnsiedadePOCBulimia
Inibidores Selectivos  da Recaptação de Noradrenalina e Dopamina (ISRND)Bupropião (Wellbutrin®, Elontril®), reboxetina (Edronax®)Depressão
Inibidores da recaptação de Serotonina e Noradrenalina (IRSN)Venlafaxina (Effexor®), Duloxetina (Cymbalta®)Depressão
OutrosMirtazapina (Remeron®)Trazodona (Triticum®)DepressãoInsónia
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Obsessões/ ideias obsessivas

Obsessões/ ideias obsessivas - Ideias persistentes que ocorrem contra a vontade do doente (que as sente como intrusivas, parasitas e inaceitáveis, resistindo contra elas -egodistónicas)  e que se associam a uma elevada carga ansiogénica. Geralmente a temática destas ideias é repugnante para o doente (um doente que seja muito religioso poderá ter pensamentos blasfémicos, alguém sensível às questões morais, pensamentos relacionados com a tortura de outros, alguém sensível às questões da sexualidade, pensamentos relacionados com esta área, etc). Existe também manutenção da autocrítica relativamente ao carácter patológico deste problema (manutenção do insight) (o paciente compreende que estes pensamentos provêm da sua doença).

Embora se fale geralmente de ideias obsessivas, as obsessões podem também tomar a forma de imagens (por exemplo um doente refere que vê imagens dele a abusar de uma criança, ou a esfaquear alguém) ou impulsos (de tocar, cometer actos sociais reprováveis, etc), medos (de contaminação, por exemplo, os medos obsessivos são também denominados fobias obsessivas –ver fobias), duvidas, etc.

Quanto aos temas obsessivos, destacam-se: as ideias relacionadas com contaminação, preocupação com possíveis doenças, as dúvidas (existenciais, filosóficas, entre outras), necessidade de simetria, ideias com teor agressivo, sexual ou religioso, etc.

As obsessões levam muitas vezes a compulsões (ver).

As obsessões são típicas de perturbações ansiosas (sobretudo da perturbação obsessiva compulsiva), mas também em perturbações depressivas.

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Perturbação Obsessiva-Compulsiva

Perturbação Obsessiva-Compulsiva - Perturbação psiquiátrica caracterizada pela presença de obsessões (ver) e compulsões (ver).

Muitas vezes surge em pessoas com a personalidade obsessiva-compulsiva (muito perfeccionistas, com uma necesseidade grande de controlo, grande preocupação com a limpea e arrumação).

Trata-se de uma doença que começa geralmente numa idade precoce e acompanha cronicamente os doentes que dela padecem. É de difícil tratamento mas em grande parte dos casos consegue-se uma melhoria significativa (embora que quase nunca desapareça completamente).

Tratamento

Pode ser feito através de psicofármacos ou através de psicoterapia.

O tipo de psicoterapia mais estudado e com melhores resultados na POC é a congitivo-comportamental. Os objectivos da psicoterapia são sobretudo as técnicas de afastamento das ideias obsessivas. Podem ser técnicas de distracção, de paragem de pensamento, associadas a técnicas de relaxamento. Um factor importante é que não se evitem as situações que estimulem o aparecimento das obsessões e compulsões, mas sim quando elas aparecem arranjar estratégias de as afastar.

O tratamento psicofarmacológico pode ser feito através de antidepressivos ISRS (ver) em doses altas ou antidepressivos triciclicos como a clomipramina (ver). Nos casos resistentes pode adicionar-se um antipsicótico em doses baixas (como a risperidona, por exemplo).

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