Bipolar, perturbação

Bipolar, perturbação - A perturbação bipolar caracteriza-se pela alternância de episódios depressivos com episódios de elevação do humor. Quando os episódios de elevação do humor são mais graves (Mania), estamos perante uma Perturbação Bipolar do tipo I, quando eles são menos graves (Hipomania) ocorre a Perturbação Bipolar do tipo II.

O tratamento é feito com estabilizadores de humor (ver), para evitar a alternância mania/hipomania/depressão. É preciso ter muito cuidado com o uso de antidepressivos nas fases depressivas porque podem precitar crises de mania nestes pacientes.

O apoio psicoterapêutico também é fundamental. Nomeadamente para tentar implementar mecanismos de adaptação e de aprender a lidar com as situações adversas de vida que podem precipitar as crises maniacas/depressivas.

A evolução desta patologia, quando tratada, pode ser muito boa, podendo os pacientes fazer uma vida normal, e geralmente sem qualquer declínio das suas funções intelectuais.

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Esquizofrenia

Esquizofrenia

É uma doença psiquiátrica caracterizada sobretudo pela presença de alucinações e ideias delirantes (ver). Estes são considerados os sintomas positivos. Também estão presentes os sintomas negativos, entre os quais se destacam o embotamento(ver), a anedonia(ver), a apatia (ver), a abulia (ver).

Geralmente começa no inicio da idade adulta (entre os 20-25 anos) podendo nalguns casos começar mais cedo e noutros mais tarde. Geralmente quanto mais cedo começa maior é a gravidade da sua evolução. No passado os pacientes que padeciam desta perturbação apresentavam um declínio muito marcado das suas funções intelectuais (daí também se ter chamado a esta doença «demência precoce», na transição do século XIX-XX). Hoje em dia com um tratamento eficaz e precoce esta patologia pode ter uma evolução mais favorável.

O tratamento principal desta patologia é feito com psicofármacos, os antipsicóticos (ver). Também é muito importante a integração social destes pacientes e a estimulação cognitiva (havendo algumas associações que promovem estas actividades).

Há vários mitos relativamente a esta patologia. Entre os quais se destacam o facto de pessoas que dela padecem sejam obrigatoriamente disfuncionais. Isto é incorrecto pois embora não sejam a maioria, vários doentes esquizofrénicos têm carreiras profissionais brilhantes . Um caso paradigmático é o do matemático norte americano vencedor do prémio Nobel em 1994.  Outro mito é de que estes pacientes são agressivos. Também esta afirmação é falsa pois a maioria dos estudos indica que estes pacientes não são mais perigosos que outros pacientes. Já pelo contrário existe um risco maior de suicídio nestes pacientes.

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Antidepressivos

Antidepressivos

Nos dois primeiros grupos estão medicamentos mais antigos. Os antidepressivos tricíclicos, são descritos como os antidepressivos mais eficazes de sempre, embora possam ter alguns efeitos secundários como boca seca e obstipação. A clomipramina é o mais utilizado. Além de ser útil no tratamento  depressão também pode ser usado na ansiedade grave e na perturbação obsessiva compulsiva. Os inibidores da monoaminoaxidase são fármacos muito pouco usados, pelos grandes efeitos secundários. Os outros grupos são os mais recentes e os mais utilizados por serem muito bem tolerados (poucos efeitos secundários).

Os ISRS são de todos os mais prescritos. São a primeira linha de todos os antidepressivos. Não têm praticamente efeitos secundários à excepção de náuseas nos primeiros dias e alterações da libido. Estes efeitos tendem a desaparecer ao longo do tratamento. São também muito utilizados além da depressão para o tratamento da ansiedade, da perturbação obsessiva compulsiva (POC) (em doses altas), da bulimia (a fluoxetina em doses altas). Entre estes são mais estimulantes a fluoxetina e a sertralina, e mais sedativos a paroxetina e a fluvoxamina, podendo isso ser útil para os casos particulares tratados.

Os ISRND são antidepressivos também muito eficazes. Utilizados sobretudo nos casos em que a apatia e falta de energia supera o estado de ansiedade porque são muito activadores. Também usados quando a falta de libido é um problema com os ISRS.

Os IRSN são geralmente o segundo passo a dar aquando do tratamento de uma depressão. Quando os ISRS não são eficazes, estes podem constituir a diferença e atingir bons resultados.

Os outros antidepressivos apresentados têm um modo de acção mais complexo activando em parte o sistema serotoninergico. A mirtazapina é um antidepressivo muito eficaz mas muito sedativo e por isso usado também para tratar a insónia, tem um efeito (que pode ser considerado negativo ou noutros casos positivo) que é o grande aumento de apetite com consequente aumento de peso. A trazodona não tem sido tão utilizada como antidepressivo mas sim como um eficaz indutor do sono.

  Quadro -antidepressivos
Classe Tipos Indicaçoes
Antidepressivos triciclicos Clomipramina (Anafranil®) Depressão GraveAnsiedadePOC
Inibidores da Monoamino Oxidase Moclobemide (Aurorix®)
Inibidores Selectivos da Recaptação de serotonina (ISRS) Paroxetina (Seroxat®, Paxetil®), Fluvoxamina (Dumyrox®), Fluoxetina (Prozac®, Digassim®), Sertralina (Zoloft®), Escitalopram (Cipralex®) DepressãoAnsiedadePOC Bulimia
Inibidores Selectivos  da Recaptação de Noradrenalina e Dopamina (ISRND) Bupropião (Wellbutrin®, Elontril®), reboxetina (Edronax®) Depressão
Inibidores da recaptação de Serotonina e Noradrenalina (IRSN) Venlafaxina (Effexor®), Duloxetina (Cymbalta®) Depressão
Outros Mirtazapina (Remeron®)Trazodona (Triticum®) DepressãoInsónia
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